Fama na internet é uma máscara que corrói o rosto.
A internet doente para muitos criadores de conteúdo.
Paola Gavazzi — beauty artist
Antigamente, um famoso era criado pela televisão ou nas telas do cinema.
Os anos passaram e a idéia de mídia mudou radicalmente:
Com a chegada da internet anos atrás, aos poucos o cenário de celebridades mudou para desktop e hoje em dia, sua tela de celular.
Aos poucos, fomos criando os novos famosos e "figuras públicas" da vez, nascidas de uma casa comum e com uma câmera na mão.
Blogueiros, youtubers e formadores de opinião brotando sem parar, na ânsia de views, fama e dinheiro.
Nesse tempo, quem produz conteúdo nunca pensou friamente do que a internet poderia virar ou pelo menos, que cenário se formaria com toda essa super exposição.
Afinal, o que importa é a imagem, certo?
Parecer ser já é mais que suficiente do que precisar REALMENTE ser.
Diversos aplicativos e redes sociais foram lançados e levaram junto com eles, a audiência que antes, era democraticamente divida entre domínios próprios.
E assim…
A internet se FECHOU e deixou de ser um ambiente livre para se tornar bolhas prisioneiras com algoritmos de Facebook, Google, Instagram, Snapchat e outros.
Muitos criadores que se formaram na internet "livre" de antigamente e continuaram com as mesmas métricas de sucesso: views, seguidores e publis -vendendo leitores (ou expectadores) feitos de números.
Os novos criadores chegaram: mais novos, mais tecnologia na veia, com conteúdos duvidosos de qualidade para virar a "beexa da vez" do Google.
Muitas crianças, adolescentes e adultos acreditam até hoje na religião implementada pelo Youtube:
"Venha você também, faça videos todos os dias, fique rico (na sua casa) , ganhe muitos views e seguidores fanáticos! Só peça pra compartilhar o video, hein?!
A gente faz seu outdoor e ainda te mandarei uma plaquinha para você esfregar na cara da galera…"
O Youtube foi ano a ano prostituindo a sua plataforma cada vez mais.
Com esse clima de caça ao tesouro e virar o novo milionário da net, de 3 anos para cá os videos cresceram MASSIVAMENTE em sua quantidade em todas as plataformas — vindos de todas as idades, em qualquer forma e por todos os lados.
Principalmente no Google: o must era virar um "youtuber" na vida.
Esse clima agora começou a tomar outro rumo: mais oculto, sombrio, vazio e forrados com realidades frustrantes.
A cobrança interna em estar 24hs do dia online transmitindo tudo o que faz, só com a finalidade prioritária em continuar "existindo" para o virtual.
Pense você:
O que será de uma carreira construída somente na internet se ela própria muda todos os meses, ameaçando sempre um "final" para essa história com tanto trabalho dedicado?
Toda quantidade esmaga a qualidade.
O que antes as pessoas usavam a internet para aprender algo hoje, usam na maioria só como diversão para esquecer um dia de trabalho pesado.
Sim, baby! A internet já virou televisão!
O conteúdo fica sufocado com tantos videos e canais de pessoas vindas da própria TV.
Tudo muito fácil "evapora" no meio de tanto clik-bait, fofocas, opinião sobre nada (ou tudo), pegadinhas e entretenimento à base de Nutella com desafios de cabelo colorido.
Com tantas notificações e recomendações da própria plataforma, o tempo fica limitado para assistir e ainda responder nos aplicativos.
Perde-se toda qualidade na retenção do expectador que, assim como o criador, também tem muitas coisas a mais para fazer e responder.
Além dos algoritmos que não contribuem para a entrega do trabalho, a atenção ao conteúdo sempre perderá se estiver perto das bizarrices em videos .
Ainda com anúncios para pular no começo e no meio do video+ o mundo de grupos de whatsapp, o criador mamado em números se frustra só pela atenção.
Sobra uma "esmola de interações mecânicas" como likes e comentários de quem não sabe nem quem é você — apenas querem jogar sua lacrada por lá. Pá!
Criadores carentes com "seguidores" idem.
Todo mundo passando a vida pra fazer cronograma de programação enquanto o próprio ambiente virtual já diz: "Relaxa aí, esse video só vai aparecer meses depois. A não ser que você pague agora".
Quer dizer…francamente!
Todo criador que resolve ficar em sua zona de conforto, acaba aos pouquinhos, engolido pelas métricas e desses algoritmos.
- Se o Google fala que mostra mais video longo, esse texto é adotado por todos e o conteúdo é feito.
- Se o Facebook diz que videos nativos é o que pega, bóra replicar tudo de novo nativamente para aumentar as métricas.
Cheio de normas de robôs e lendo a sua audiência por gráficos , o criador acaba duvidando até mesmo de seu "próprio show" no meio de tantas incertezas com o futuro.
E lógico…nisso chove cursos ou agências que agora treinam um comum a "virar produtor de conteúdo de verdade na internet". Sei…
A própria pessoa que cria conteúdo acaba FATALMENTE escrava do seu próprio formato. É o tempo indo contra todo o esforço.
"O peso do mundo na minhas costas" — Cauê Moura.
Essa briga é só de plataformas: entre Facebook e Google.
Nada pessoal. Aliás… pessoas no mundo online são pequenos grãos de areia em uma enorme praia — ninguém é rei!
A gente nunca imaginou que até a publicidade um dia, pudesse ter uma crise de identidade (como tem hoje).
Entre os dois gigantes, cada um está disputando para ver quem será A INTERNET do futuro (até a hora que outro aplicativo apareça no meio do caminho).
Cada um evolui suas ferramentas para obter cada vez mais controle, poder, dinheiro e mostrar o conteúdo para todos online do jeito que bem quiserem e "na hora que for adequado".
No controle, as pessoas permanecerão cada vez mais "em uma única plataforma", afundando as vidas no online agora só em um lugar. Mais prático…aloka.
A retenção só aumenta mesmo para o Facebook ou Google (por exemplo). O dinheiro também.
E sinto dizer que Markito anda investindo suas garras para chegar sempre em primeiro.
E aqueles criadores que vivem dos seus números hoje, acabaram (sem querer, querendo…) prisioneiros dentro de plataformas.
Sentindo cada vez mais um vazio, deprimidos, frustrados e em um limbo enorme da própria personalidade.
*Repare na verdade linda de opinião que é falada nos videos.
Muitos falam abertamente da relação doente que é produzir conteúdo hoje na internet: isso é vida real por trás do show virtual que todos assistem.
Não julgue, apenas ouça com carinho antes de abrir o seu sonhado canal.
Tem uma métrica de vida que existe para todos — no virtual ou não:
Tudo passa! Isso em qualquer mundo.
E isso está longe de ser um fracasso, é só um fato!
Nós mudamos nossas idéias constantemente, amadurecemos e o ambiente virtual muda também, de acordo com o comportamento dos usuários e dos novos algoritmos que alimentam toda essa máquina.
Novos meios para a comunicação nascem e morrem à velocidade da luz, fazendo até um gigante Youtube não parecer mais o local tão adequado assim.
Nenhum formato (nem pessoa) será eterno então, nunca coloque todos os seus ovos em uma mesma cesta.
Todas as plataformas também colhem ( ou ainda colherão) o lado negativo do formato que inventaram:
Toma na cabeça um grande NÃO GERAL de anunciantes importantes que investiam em peso em algum retorno.
Isso não é culpa de jornal, bebê: é culpa dos conceitos.
Os "milionários" nascidos da net começam a desaparecer como pó até para o usuário final e com uma mensagem bem mais realista:
Um produtor de conteúdo SEMPRE gasta mais tempo, vida e $$$ do que ganha, com uma "fama instantânea".
No futuro, falar que alguém bombou na net só vai cativar por alguns segundos um "putz, coitado!"
A fama é uma máscara que corrói o próprio rosto.
Já dizia Michel Jackson quando era vivo.
Quem vive SOMENTE de exposição poderá ter um final bem infeliz, se não mudar a sua visão no caminho.
Poderá ficar eternamente iludido com a importância que "não mais tem", com a relevância que "já perdeu", com uma "beleza que passou", com aquele dinheiro que não entra e um congelamento total para uma MUDANÇA REAL DE CAMINHO.
- Quantos atores ou cantores com obras IMPORTANTES terminaram as suas vidas sem dinheiro até para comer? Atores idem.
- Com "web celebridades", a coisa segue rapidinho no conceito porque baseou "sua obra" com números.
E os números sempre irão diminuir um dia, por alguma razão.
Lima Duarte (ator) sabiamente falou em entrevista:
"Ganhar fama é muito fácil, difícil é aprender a viver quando ela passar".
Fama é absolutamente nada!!!
Ela só faz você perder a sua própria identidade (porque o personagem se mistura com vida real) e ainda lota o seu redor com pessoas interesseiras, na esperança de tirar só um naco dela.
Sucesso é sentir-se bem (na maioria do tempo), completo e inteiro naquilo que faz — todos os dias.
Seja lá o que for e em qualquer coisa.
O virtual só entrega isso muito temporariamente. Já o mundo real pode te entregar sucesso por anos e anos.
Chegou a época que um criador de conteúdo não poderá mais "parecer ser":
Ele tem mesmo que SER na sua vida real.
Ter um propósito muito além de videos ou textos. Algo sólido e no seu controle — de tempo (o novo luxo), saúde de dinheiro.
Melhor parar de ver a internet como um caça níquel tão seguro. É hora de inverter todo esse processo.
Marcus Lemonis, bilionário e investidor serial já deu uma excelente dica:
"Ele não coloca 1 centavo de dinheiro em coisas baseadas só em internet. Somente em empresas REAIS."
Quem PAGA é que tem o poder, em qualquer mundo e em qualquer tamanho.
E para SER MESMO, é o criador quem toma o controle desse carro todo!
Promove construir uma carreira sólida para si mesmo, sem ter a internet prioritariamente.
- É ele quem escolhe a plataforma que mais gosta de trabalhar e sai delas quando não for entregue tecnologia ou ambiente favorável. Vimeo, Youtube, Google, Podcast, Facebook…tanto faz.
- Ele "não tá no Youtube (por exemplo) porque TEM que estar": ele vive online onde for favorável para a comunicação dele.
- É o criador que PAGA para a plataforma (e não o inverso)- com isso consegue exigir boas atualizações, suporte 24 hs e com opções mais seguras para monetizar os seus próprios projetos.
- Suas vantagens são construídas por estudar os diversos caminhos online e em quais investe para publicar o seu conteúdo. Isso é decisão de um criador e não de uma plataforma — ainda mais se ela só te bonifica por views ou números inflados.
- É dele a decisão de quebrar o seu próprio formato e de reinventa-se todas as vezes que sentir alguma necessidade: seja por saúde ou por momento mesmo.
- Não tem que fazer video longo (e nem todo dia) porque robô diz para fazer. Faça videos quando quiser e do modo que mais gostar.
- Cobre pelo seu conteúdo se tiver experiência de vida e conhecimento técnico. Isso vale muito!!! Faça a sua fonte ser mais segura daqui pra frente — isso também é ouro em um futuro próximo.
- Faça testes no uso das ferramentas (com anúncios e plataformas) e tenha algo mais para se preocupar nesse paralelo online: pare de reclamar das plataformas (isso contamina seu conteúdo) e jogue o jogo como adulto; do jeito que você quiser.
Faça a internet trabalhar a LONGO PRAZO PARA VOCÊ.
Nunca ao contrário…
Carreira mesmo você só cria em mundo real.
O virtual não é o seu TODO: é só uma das janela para você se comunicar.
Esqueça a "vida de todinho do online antigo" — porque era mais fácil ter os números com menos gente — e comece a estudar para construir algo para você . NA REAL.
Represente mais autoridade pelo o seu conhecimento conforme o tempo for passando. Isso é colocar o tempo ao seu favor.
Tenha carinho com você e cuide da saúde mental!
Ela zuada, distorce qualquer idéia verdadeiramente bacana que possa vir a ter.
Não se anule por uma platéia gigante e barulhenta: cresça na frente dela, em qualquer tamanho que tenha!
Sem apegos com a imagem: faça a sua voz e vida mais importante.
Menos controle com a net e mais planejamento no mundo real.
- Chega de site lindo e lotado de plugins chatos. Ninguém quer saber disso.
- Chega de ter canal só pra ganhar Adsense, ficar famoso e rezar por publicidade pra te segurar na vida — coisa que o seu seguidor mais odeia, inclusive!
Essa métrica é errada e vazia há anos!!!
Quem acredita nisso (hoje em dia) ou é muito iludido ou muito novo: um criador que produz há tempos na net sabe exatamente onde o seu CALO mais aperta.
Enxugue tudo para a qualidade, simplifique.
Os seus reais seguidores sempre te acompanharão, confie mais neles! ❤
Comece a criar laços com quem importa e não com os números que alcança.
São os seus fiéis que merecem a sua resposta caprichada, carinho ou vantagens.
Quem cria conteúdo tem muita importância!
Para educar, trocar idéias ou somente rir.
Sei também que MUITOS DESPEJAM o seu conteúdo todos os dias na internet para apenas, sobreviver no modo automático…
E muitos, além de terem que manter a sua própria imagem ainda sustentam famílias com isso. É a loucura absoluta!
Vida plena, no real e virtual: um só se alimenta da experiência que vem do outro.
Inverta o jogo: faça as escolhas.
Pague você, poste conteúdo como quiser, mude (se preciso) e acredite só no carro que está só sob o seu controle.
❤
Você é o mais importante nas decisões : é isso que constrói uma vida realmente digna de sucesso.
Um poder que só está com você. É como ter "fama na autoestima".
Chega dessa máquina de ego ruim e dos números lotados com "bots" , antes que ela consiga parar você.
Bêzo aos criadores que amo de toda net ❤